<span style="font-size:14px;">Cartões de crédito e crediários invadiram o mercado nas últimas décadas para dominar as compras a prazo. Contudo, os cheques ainda resistem e seu uso também traz algumas dores de cabeça para os comerciantes. Dados divulgados pela Serasa Experian – empresa brasileira que analisa informações e decisões de crédito – mostram que, em julho deste ano, o índice de cheques devolvidos nos país atingiu 2,24%, o maior para o mês desde o início das análises, em 1991. A região norte liderou o ranking com 4,31%.<br /> <br /> Todavia, em Araguaína, os dados estão na contramão da realidade nacional. Segundo a Diretoria de SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) da Associação Comercial e Industrial de Araguaína - ACIARA, em relação ao primeiro semestre de 2013, houve uma redução de quase 13% nos cheques devolvidos. <em>“E, quando acontece, as razões são as mesmas dos atrasos nos crediários e cartão de crédito: falta de planejamento do consumidor. Ele gasta mais do que tem”</em>, explica o diretor de SPC da ACIARA, Alberto Luna.<br /> <br /> <u><strong>Ainda faltam dados</strong></u><br /> <br /> Apesar dos números positivos, o presidente da associação, Manoel de Assis, chama a atenção para uma realidade que complica a apuração mais refinada da quantidade de cheques devolvidos. <em>“Nem todos os associados lançam os cheques sem fundo no sistema”</em>, esclarece Manoel. <em>“E os cheques ainda ficam em negociações paralelas, até porque eles seguem para o CCF - Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos - das instituições financeiras automaticamente”</em>, conclui.<br /> <br /> <u><strong>Outra razão</strong></u><br /> <br /> Ainda segundo um breve levantamento da ACIARA junto aos gerentes dos quatro maiores bancos da cidade, outro fator contribuiu para essa redução: a política restritiva de algumas instituições financeiras na liberação das folhas de cheque. <em>“E a própria concessão de crédito por cartões e crediários configura como o principal motivo desta redução”</em>, pontua o presidente.<br /> <br /> De toda forma, a ACIARA ainda vê a diminuição com bons olhos. <em>“Ficamos otimistas porque isso significa que o consumidor está se esforçando para honrar as dívidas”,</em> reitera o diretor Alberto.</span>