Desafios durante a pandemia

'O crime não entra em quarentena', diz delegado de Araguaína sobre desafios na investigação

Delegacia Virtual é reforçada como recurso para evitar aglomeração nas Delegacias

Por Redação 702
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14/05/2020 10h02 - Atualizado há 3 anos
Luiz Gonzaga Neto é delegado há 3 anos no Tocantins

Com 390 casos confirmados de coronavírus em Araguaína, até ontem, dia 13 de maio, o município apresenta o maior número de pessoas contaminadas no Tocantins, quase o dobro em relação a Palmas, que possui 198. Com isso, o cuidado para evitar um colapso no sistema de saúde deve ser redobrado.

Na 26ª Delegacia de Polícia de Araguaína, o delegado Luis Gonzaga disse que "o crime infelizmente não entra em quarentena" e, por isso, reforça que a população procure a delegacia somente em casos de urgência, podendo recorrer à Delegacia Virtual em casos menos complexos, a fim de evitar a aglomeração.

São casos menos complexos: furtos, extravio de objetos, perda de documentos, denúncias. São casos em que será analisada a urgência da investigação: roubos, estupros, homicídios, latrocínios, entre outros. 

Luis Gonzaga também é responsável pela 33ª DP de Nova Olinda e reconhece que em um momento como esse, o delegado tem que buscar coordenar as ações no sentido de não interromper totalmente as investigações e adotar os cuidados de prevenção entre os servidores. De acordo com Gonzaga, estão sendo realizadas as medidas de higienização da delegacia, uso de álcool em gel e máscaras, além do distanciamento social. 

Desafios

Para o delegado, o maior desafio tem sido realizar as investigações com número ainda mais reduzido de servidores, já que alguns estão afastados por fazerem parte do grupo de risco.

“São pessoas que a gente não está contando na delegacia, apesar de estarem nos apoiando em serviços mais específicos. Mas em relação às investigações, dificulta um pouco, também até em relação à exposição dos policiais. A gente está sim realizando as investigações, mas tentando tratar das questões mais urgentes, até pra evitar que os policiais também sejam infectados, porque seria um desfalque maior”, explica Gonzaga, destacando que a proteção deve se estender ao cidadão que necessita do serviço policial.

Luis Gonzaga da Silva Neto

Delegado de Polícia Civil no Estado do Tocantins há três anos, Luis Gonzaga é professor de Graduação e Pós-Graduação em Direito na Faculdade Católica Dom Orione e pós-graduado em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas.

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