POLÊMICA

Seduc designa candidatos eliminados para direção de escolas e revolta aprovados; Sintet repudia

"Vamos entrar com uma ação judicial", afirmou a presidente do Sintet em Araguaína.

Por Eduardo Azevedo 3.079
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11/01/2024 15h00 - Atualizado há 3 meses
Designação de candidatos eliminados para a função de diretor escolar gera polêmica

Apesar de ter realizado um processo seletivo para a escolha de diretores escolares, a Secretaria de Estado da Educação do Tocantins (Seduc) nomeou candidatos eliminados no certame para a função em algumas escolas, mesmo havendo outros professores na lista de aprovados e classificados.

Pelo menos quatro escolas estaduais de Araguaína terão diretores que foram eliminados no seletivo, segundo denúncia enviada ao AF Notícias. São elas: Escola Estadual Alfredo Nasser, Colégio Campos Brasil, Colégio Manoel Gomes da Cunha e Colégio Marechal Rondon. No Estado, cerca de 90 escolas nessa situação.

A seleção foi feita por unidade escolar e muitas delas tiveram candidato único, que acabou sendo eliminado durante o processo.

Conforme o edital do seletivo, a escolha dos diretores escolares ocorreria via lista tríplice formada por candidatos aprovados [que obtiveram acima de 70 pontos], permitindo ao governador a designação de um deles, não sendo necessariamente o primeiro colocado.

Na ausência de candidato aprovado, a vaga poderia ser preenchida por classificados [entre 60 e 69 pontos]. Não há menção, no entanto, sobre a possibilidade de nomeação de candidatos eliminados [abaixo de 60 pontos].

Sintet de Araguaína 

Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, a presidente do iIntet Regional de Araguaína, Professora Rosy Franca Silva Oliveira, fez duras críticas ao processo de seleção de diretores. "Quero dizer que foi feita a primeira etapa [de forma] correta, da prova objetiva. Porém, nas demais etapas, ocorreu uma maquiagem para poder receber o recurso do Governo Federal. Simplesmente isso", disse a sindicalista.

Ela também falou sobre a nomeação de candidatos eliminados no processo seletivo. "Foi publicado no Diário Oficial nomeações de pessoas que nem sequer passaram no processo seletivo, deixando aqueles que foram aprovados sem ser nomeados. Isso é um verdadeiro absurdo [..] Nossa indignação e o nosso repúdio. Vamos entrar com uma ação judicial", afirmou, ao cobrar que que a situação seja revista pelo governador Wanderlei Barbosa e pelo secretário da Educação.

O que diz a Seduc?

A reportagem questionou a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) sobre a designação de servidores que foram eliminados no processo de seleção, especialmente quando existem candidatos aprovados disponíveis para ocupar tais cargos.  

Em nota, a Seduc esclareceu que "devido ao não preenchimento integral das vagas para ocupar a função de diretor, foi realizada uma designação temporária para que os atuais permanecessem no cargo. A pasta ressalta que o procedimento visa garantir a continuidade das atividades escolares em um período crucial, com matrículas em andamento e outras demandas urgentes. A Seduc informa que já está sendo elaborado um novo edital de seleção para a função de diretor escolar, com a possibilidade de participação dos novos concursados a fim de atender, integralmente, tais demandas".

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