Tocantins

Prefeito corta salário de professores em greve e gera revolta: 'tirano, cruel, egoísta', dispara Sintet

Categoria alega que não foi informada. Justiça suspendeu reajustes no município.

Por Redação 1.425
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27/03/2023 16h20 - Atualizado há 1 ano
Prefeito Augusto Cezar

A Prefeitura de Peixe, no sul do Tocantins, cortou o ponto dos professores da rede pública municipal de Educação e revoltou a categoria, que tem cerca de 150 profissionais, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet). 

Os educadores estão em greve desde 08 de fevereiro lutando pelo pagamento dos reajustes do piso nacional do magistério.

“Uma decisão tirana e cruel do prefeito Augusto Cezar com os professores que lutam por reajuste salarial, o que não ocorre há mais de 2 anos. Não fomos informados sobre corte de ponto. É uma decisão, no mínimo, covarde com a categoria. O prefeito assina mais que um corte da folha de ponto, ele guilhotina o direito por melhores condições salariais e instala o caos e a fome na casa das famílias afetadas. Estou chocada com tamanha desumanidade”, disparou a professora Gabriela Zanina, presidente do Sintet Regional de Gurupi.

A sindicalista revelou que há profissionais que receberam pouco mais de 200 reais de proventos, como é o caso de Edsônia Milhomem. “São mães e chefes de família que tiveram seu ganha-pão, na maioria, a única renda da família, cortado por um prefeito egoísta, vaidoso e tirano. É um absurdo”, completou Gabriela.

O Sintet disse que tem buscado conscientizar o prefeito Augusto Cezar quanto à necessidade de valorização da carreira dos professores, “mas o prefeito se nega a cumprir a lei do piso e a respeitar o plano de carreira do magistério municipal”.

Para piorar a situação, o prefeito incluiu Peixe entre os 70 municípios do Tocantins que recorreram à Justiça Federal para que os reajustes salariais do piso de 2022 e 2023 fossem suspensos. A ação coletiva foi impetrada pela Associação Tocantinense de Municípios (ATM).

“O prefeito não cumpre a lei, mas busca amparo judicial para a suspensão do pagamento do piso dos professores. É um caminho inverso e desrespeitoso com a categoria, pois o professor está lutando por seus direitos, enquanto o prefeito luta para retirar direitos. Esperamos que a sociedade de Peixe registre esse momento de atrocidade do prefeito com a educação e com a sociedade”, asseverou Gabriela.

31 dias letivos de greve

Nesta segunda-feira (27), os professores completam 31 dias letivos paralisados em prol do reajuste salarial do piso do magistério. Eles realizaram assembleia na Câmara Municipal, na manhã desta segunda-feira, e decidiram continuar com o movimento grevista.   

Segundo Gabriela, os professores não recebem os reajustes do piso desde o ano de 2020.

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