Os testes foram aplicados entre 21 e 28 de maio pela equipe da saúde.
Mais da metade das mulheres presas na Unidade Prisional Feminina (UPF) de Babaçulândia, no norte do Tocantins, está infectada com o novo coronavírus. Até o dia 27 de maio, 17 das 31 detentas tiveram resultado positivo para covid-19.
O chefe da unidade, Thiago Henrique Pinto Oliveira, comunicou os primeiros casos ao juiz Luatom Bezerra. O magistrado havia solicitado os dados para decidir pedidos de soltura.
Além das 17 infectadas, os testes aplicados entre 21 e 28 de maio confirmaram dois casos positivos entre servidores. A Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju) afirmou que uma mulher do grupo de primeiras infectadas já está curada, mas dois novos casos, de sete testes feitos, foram confirmados.
Para o tratamento das mulheres, a UPF está utilizando um “kit covid”, sem eficácia científica comprovada contra a doença. Thiago Oliveira afirmou que as presidiárias estão recebendo doses de “azitromicina, ivermectina e outros medicamentos, como antitérmicos e analgésicos”, disponibilizados pela equipe de saúde e a farmácia do município de Babaçulândia.
Das 17 infectadas, 11 são presas provisórias, enquanto as outras seis já foram julgadas e sentenciadas. Duas dessas mulheres pertencem ao grupo de risco, segundo informações da UPF.
Mesmo não precisando de internação e não apresentando sintomas graves, as mulheres não foram isoladas. A UPF diz que não tem capacidade para fazer a separação.
Os casos confirmados são de celas distintas e, somado ao fato de metade da população carcerária estar contaminada, a unidade considera “impossível” fazer qualquer troca.
“Trabalhamos com o limite de cinco celas para um total atual de 31 reeducandas na parte interna da carceragem, sendo que uma dessas celas é destinada para realizar triagem das novatas”, disse a UPF.
Segundo a Seciju, todas as medidas de combate à doença estão sendo tomadas, como envio de material de limpeza e equipamento de proteção individual, higienização e sanitização do local e campanhas informativas.
As informações são do Jornal do Tocantins.