<span style="font-size:14px;">Os Policiais Civis do Tocantins realizam uma manifestação na tarde desta sexta-feira, 4, em Palmas. A movimentação visa chamar a atenção do governo para o descaso com a categoria, em função do descumprimento dos prazos feitos em acordo e das promessas de dar paridade salarial aos policiais, segundo a qual haveria apenas dois pisos salariais para a Polícia Civil tocantinense, reduzindo a grande diferença salarial hoje existente.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), a concentração vai acontecer a partir das 14 horas, em frente à Secretaria da Segurança Pública, de onde seguirão para o Palácio Araguaia, onde Siqueira Campos deve estar anunciando sua renúncia ao cargo. Os policiais vão carregar faixas com mensagens de protesto, usar nariz de palhaço e distribuir panfletos sobre as péssimas condições de trabalho da Polícia em todo o Estado.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">A decisão foi tomada durante reunião, na sede do Sinpol, da qual participaram policiais de varias categorias, entre as quais agentes penitenciários, escrivães e agentes de polícia. Desde ontem eles estão mobilizando seus colegas a comparecerem ao evento, inclusive fazendo visitas às unidades policiais.<br /> <br /> <u><strong>Dois pisos</strong></u><br /> <br /> O governo anunciou pelos sites da Secad e SSP o estudo para a composição de apenas dois pisos salariais na PC do Tocantins, isto em plena campanha pela presidência do sindicato da categoria.<br /> <br /> O anúncio de que os policiais civis iriam receber o beneficio prometido pelo governador Siqueira Campos no final do mês passado havia sido feito na terça-feira, 1º, pelo secretário estadual da Administração (Secad), Lúcio Mascarenhas, durante reunião com representantes dos policiais, alegando a LRF e o limite prudencial.<br /> <br /> <u><strong>11 anos de perdas nos governos de Siqueira Campos</strong></u><br /> <br /> Segundo o diretor de Comunicação do Sinpol-TO, Ubiratan Rebello, “a categoria vem acumulando perdas salariais a vários anos, sendo 11% deles, sob o comando de Siqueira Campos, já passamos dos 116,4 % de defasagem global” e completa, “temos o mesmo requisito para ingresso ao cargo das demais categorias (perito criminal e delegado), nível superior, no entanto recebemos apenas 38% do salário destes, é uma disparidade enorme”.<br /> <br /> <u><strong>Concursos</strong></u><br /> <br /> Outra intenção do movimento é reiterar as péssimas condições de trabalho que os servidores policiais enfrentam no dia a dia, além do descumprimento dos prazos acordados no ano passado, para lançamento dos editais do concurso da Polícia Civil, que corre o risco de ser suspenso e o da Defesa Social, que até a presente data não foi lançado, além da efetivação das progressões na carreira.<br /> <br /> “Desde o início desse governo buscamos a melhoria das condições de trabalho e efetivação dos nossos direitos. Três anos dispostos a colaborar, mas infelizmente, finda o mandato e a estrutura de trabalho está pior, como consequência, convivemos com o aumento da criminalidade, sem meios de combatê-la e servidores se sentindo enganados pelas promessas não cumpridas”, finaliza Nadir Nunes.</span>