Percentual menor

Tocantins registra a menor seca dos últimos anos após sofrer com excesso de chuvas

Área com seca moderada recuou de 31% para 1% do território.

Por Redação 532
Comentários (0)

18/02/2022 15h22 - Atualizado há 2 anos
Seca

A última atualização do Monitor de Secas aponta que no Tocantins aconteceu, entre dezembro e janeiro, um forte recuo da área total com seca, que caiu de 85% para 18% do estado.

Este é o menor percentual já registrado desde que o estado passou a fazer parte do Monitor de Secas, em dezembro de 2019. Pela primeira vez desde então, o Tocantins tem menos da metade de seu território com seca.

Nos últimos meses, o excesso de chuvas no estado causou alagamentos e deixou centenas de famílias desalojadas e desabrigadas em cerca de 30 cidades, principalmente às margens do Rios Tocantins e Araguaia.

Em termos de severidade do fenômeno, em janeiro aconteceu o desaparecimento do registro de seca grave no estado, que é o único da região acompanhado até agora.

Além disso, a área com seca moderada recuou significativamente de 31% para 1% do território tocantinense. Também houve a forte redução da área com seca fraca, que passou de 51% par 16% do Tocantins. Com isso, o estado teve a menor severidade do fenômeno desde dezembro de 2019.

 

Entre dezembro e janeiro, em termos de severidade da seca, dez estados tiveram um abrandamento do fenômeno no último mês segundo o Monitor de Secas: Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, São Paulo e Tocantins.

Tanto no Espírito Santo quanto no Maranhão o fenômeno deixou de ser registrado, situação do Distrito Federal desde dezembro. No sentido oposto, os três estados da região Sul – Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina – tiveram uma intensificação da seca juntamente com Mato Grosso do Sul. Em outros quatro estados, a severidade do fenômeno se manteve estável: Alagoas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe.

Entre dezembro e janeiro, o único estado que registrou aumento da área com seca foi Santa Catarina. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em 12 estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. Nos casos do Espírito Santo e Maranhão o fenômeno desapareceu. Nas outras oito unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Alagoas, Distrito Federal (que permaneceu livre do fenômeno), Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

Cinco estados registraram seca em 100% do território no último mês: Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Três unidades da Federação ficaram livres do fenômeno em janeiro: Distrito Federal, Espírito Santo e Maranhão. Os demais 13 estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 17,3% e 97,9% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguida por Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás. No total a área com o fenômeno foi de 2,6 milhões de quilômetros quadrados e se fosse um país seria o 10º maior do mundo, superando os 2,3 milhões de km² da Argélia.

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada pelo site monitordesecas.ana.gov.br e pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.

O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Tocantins (CBMTO), por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, é o órgão que atua no Monitor de Secas.

A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região. 

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.