Polêmica

Sindepol repudia extinção de Delegacias e vê propósito de dificultar trabalho da polícia

Conforme o sindicato, a população será a maior prejudicada com a redução das delegacias.

Por Redação
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06/12/2018 09h14 - Atualizado há 5 anos
Sindepol-TO

O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Tocantins (Sindepol) repudiou a medida do Governo do Tocantins em reduzir de 13 para 8 o número de Delegacias Regionais. Dos 12 exonerados, 3 foram reconduzidos, mas Bruno Boaventura continuou fora do cargo.

Conforme o Sindepol, a população ficará prejudicada com a redução. “Tal medida prejudicará sobremaneira o trabalho da Polícia Civil do Tocantins, posto que temos um estado com dimensões continentais e haverá cidades que ficarão mais de 400 km distantes da sede de sua Delegacia Regional”, afirmou o presidente, Mozart M Macedo Félix.

O sindicato também disse que ficou claro o ‘desrespeito’ do Governo do Estado com a Polícia Civil, delegados e toda a sociedade.

Resta demonstrado também que nunca houve real intenção de reforma administrativa na Polícia Civil, mas tão somente a vontade de dificultar os trabalhos da Polícia Judiciária. É justamente contra esse tipo de comportamento que lutamos”, acrescentou Mozart.

NOTA NA ÍNTEGRA

"O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Tocantins – SINDEPOL/TO, no desempenho de suas atribuições estatutárias, vem a público repudiar mais um ato de perseguição e ingerência política do Governo do Estado do Tocantins contra a Polícia Civil.

No dia 16 de novembro de 2018 os Delegados Regionais de todo o interior foram dispensados de suas funções. Os Delegados Regionais são responsáveis por gerir a rotina administrativa da Polícia Civil no interior, o que significa atuação em gestão de pessoas, patrimônio, solução de demandas urgentes, organização dos trabalhos e coordenação e suporte de operações decorrentes de nossa atividade-fim.

de conhecimento público o fato de que essas dispensas ocorreram como forma de perseguição política depois que a família do Deputado Olyntho Neto se tornou alvo de investigação no escândalo do lixo hospitalar. Pois bem, hoje, um dia depois de ser instaurado inquérito policial contra o próprio Deputado, o Governo do Estado do Tocantins resolve publicar no Diário Oficial o novo organograma da Polícia Civil, sem retornar os Delegados Regionais que foram dispensados no dia 16 de novembro e ainda reduzindo de 13 para 8 as Delegacias Regionais de Polícia no Interior.

Tal medida prejudicará sobremaneira o trabalho da Polícia Civil do Tocantins, posto que temos um estado com dimensões continentais e haverá cidades que ficarão mais de 400 km distantes da sede de sua Delegacia Regional. O SINDEPOL enviou ofício para o Delegado Geral de Polícia na ultima segunda-feira, 03 de dezembro, justamente falando sobre a importância da manutenção das 13 Delegacias Regionais e da recondução dos Delegados Regionais dispensados em novembro (SGD 2018/31009/066217).

No dia 23 de novembro de 2018, o Secretário da Segurança Pública, Heber Fidelis, esteve na sede do Sindicado dos Delegados de Polícia do Estado do Tocantins e participou de nossa Assembleia Geral Extraordinária. Na ocasião o Secretário solicitou aos Delegados que apoiassem a escolha dos nomes do atual Delegado-Geral, Subsecretário da Segurança e Diretor de Polícia da Capital, nos garantindo que os escolhidos teriam autonomia para escolher os nomes dos demais ocupantes de cargo de gestão da Polícia Civil e se comprometeu ainda que essa equipe formaria uma gestão de transição entre o atual modelo e a Polícia Civil do Estado do Tocantins autônoma.

Hoje, com a publicação do DOE, fica claro o desrespeito do governo do estado para com a Polícia Civil, os Delegados de Polícia e toda a sociedade. Resta demonstrado também que nunca houve real intenção de reforma administrativa na Polícia Civil, mas tão somente a vontade de dificultar os trabalhos da Polícia Judiciária. É justamente contra esse tipo de comportamento que lutamos. Queremos uma Polícia Civil autônoma, que possa investigar crimes sem importar quem sejam os criminosos. Somos Polícia de Estado, querem nos fazer uma polícia de cabresto, não conseguirão.

Em todo o país a sociedade clama por uma mudança profunda de paradigmas, por um rigoroso combate à corrupção que historicamente prejudica nosso povo em seus direitos mais básicos. A população do Tocantins pode contar com o trabalho de seus Delegados de Polícia Civil no cumprimento desta missão".

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