Prevenção

Estado registra mais de 5 mil acidentes com cobras, aranhas, escorpiões, abelhas e outros animais

Período chuvoso aumenta o risco de acidentes com essas espécies.

Por Redação
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15/12/2023 16h40 - Atualizado há 4 meses
Tocantinenses devem ficar atento ao risco de acidentes com animais peçonhentos

Como os acidentes com animais peçonhentos apresentam um crescimento no número de notificações durante o período chuvoso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) alerta a população sobre os cuidados a serem mantidos durante esse período na zona urbana e rural, especialmente, em áreas verdes e regiões próximas a córregos.

É considerado animal peçonhento aquele que produz ou modifica algum veneno e possui aparato para injetá-lo na sua presa ou predador. No Brasil, a maioria dos acidentes acontece com espécies de serpentes, escorpiões, aranhas, lepidópteros (mariposas e suas larvas), himenópteros (abelhas, formigas e vespas), coleópteros (besouros), quilópodes (lacraias), peixes, cnidários (águas-vivas e caravelas), entre outros.

Dados do Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) apontam que, até 12 de dezembro deste ano, foram notificados 5.374 casos no Tocantins, sendo: 752 serpentes; 378 aranhas; 1.597 escorpiões; 243 lagartas; 850 abelhas; 1.490 de outros animais e 64 ignorado ou branco (quando o campo não foi preenchido na notificação do caso).

“Sempre que uma pessoa for acometida por um acidente com animais peçonhentos, é indicado que ela procure uma unidade de saúde o mais rápido possível para uma avaliação médica, pois, mesmo que os sintomas não estejam graves para o acidente ser notificado, é bom fazer o uso de medicamentos e outras substâncias no local da picada, assim como evitar fazer torniquetes, sucções ou incisões no local da picada, somente lavar com água e sabão”, orientou a analista em controle de zoonoses responsável pela área técnica de zoonoses e animais peçonhentos da SES-TO, Iza Alencar Sampaio de Oliveira.

Iza acrescentou que, em busca de manter os municípios preparados para possíveis notificações, a SES-TO realizou ao longo deste ano capacitações para os municípios sobre tratamentos, cuidados e prevenções em caso de acidentes por animais peçonhentos, assim como cartazes de mesa com orientações sobre a quantidade de antivenenos a ser administrada em caso de acidentes e outros materiais.

Unidades de soroterapia

Atualmente, 32 municípios do Estado do Tocantins contam com um total de 37 unidades de saúde que atuam como pontos de atendimento para terapia antiveneno. Essas unidades de saúde servem como unidades de referência para a administração de soros antipeçonhentos, abastecidas e munidas de equipe médica qualificada para o atendimento de pessoas acidentadas por estes tipos de animais. É muito importante que a população tenha conhecimento sobre quais municípios possuem estas unidades, para que o tratamento seja realizado no menor tempo após o acidente.

Os municípios com a oferta de terapia antiveneno são: Alvorada, Araguacema, Araguaçu, Araguaína, Araguatins, Arraias, Augustinópolis, Centenário, Colinas do Tocantins, Dianópolis, Dueré, Formoso do Araguaia, Goiatins, Guaraí, Gurupi, Itacajá, Lagoa da Confusão, Lizarda, Mateiros, Miracema do Tocantins, Natividade Palmas, Palmeirópolis, Paraíso do Tocantins, Paranã, Pedro Afonso, Porto Nacional, Recursolândia, São Félix, Taguatinga, Tocantinópolis e Xambioá.

Não existe soro específico para todos os animais peçonhentos, e os principais encontrados nas unidades são para os acidentes causados por serpentes, escorpiões, aranhas e lagartas do gênero. Vale ressaltar que, para os demais animais peçonhentos, não existe soro específico para a neutralização de seus venenos (arraias, abelhas, marimbondos, lacraias e formigas). Para esses casos, o tratamento é realizado conforme a sintomatologia do paciente e pode ser feito em qualquer unidade de saúde. 

Prevenção

A melhor forma de evitar acidentes é adotar medidas de prevenção. Por isso, recomenda-se manter limpos os quintais e jardins para não acumular folhas secas e lixo domiciliar.

Também, se possível, evitar a formação de ambientes favoráveis ao abrigo de escorpiões, como obras de construção civil e terraplanagens que possam deixar entulho, superfícies sem revestimento e umidade.

Além disso, é importante lembrar que o uso de roupas apropriadas, como botas de cano alto e perneira, pode impedir o contato com animais terrestres. Também inspecione sapatos, toalhas e roupas no geral também podem evitar acidentes.

E caso encontre um animal peçonhento, busque afastar com cuidado, mesmo que ele aparente estar morto, e procure alertar a polícia ambiental, agentes de saúde, bombeiros ou autoridades de saúde local.

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