Temperatura do ar e do solo muito elevadas é o fator principal para a formação do fenômeno.
Um redemoinho ocorrido em Silvanópolis, no Tocantins, levantou um enorme fio de poeira e surpreendeu moradores e internautas, principalmente pela altura que o fenômeno atingiu.
Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra toda a extensão do redemoinho. A filmagem foi feita pelo agricultor Alcenir Rodrigues Pereira, que mora em Mato Grosso do Sul, mas está de passagem pelo Tocantins.
O agricultor disse que fez o vídeo no último domingo (16 de agosto). "Eu estava na churrascaria de uns amigos, que fica perto de um posto de combustível, às margens da TO-050, por volta de meio-dia, quando olhei pela janela e vi o redemoinho. Fiquei curioso porque nunca vi isso acontecer em Mato Grosso do Sul. Pensei em gravar para mostrar para o pessoal de lá. Para mim, foi uma grata surpresa ver um redemoinho, que acredito ter chegado a cerca de 300 metros de altura", disse em entrevista ao G1 Tocantins.
VÍDEO
O que causam os redemoinhos?
Redemoinhos de poeira são colunas de poeira que se levantam do chão girando. As dimensões (altura vertical e largura) são muito variáveis. Podem se estender por algumas centenas de metros acima do solo e até se mover de um local para outro, em curtas distâncias.
A temperatura do ar e do solo muito elevadas é o fator principal para a formação deste fenômeno.
A largura dos redemoinhos de poeira, em geral, é da ordem de algumas dezenas de metros. Alguns deles podem ser realmente densos, acumulando muita poeira que restringe a visibilidade no local que está ocorrendo. Outros são ralos e permitem até a visão por dentro da coluna de poeira.
Quando e onde se formam no Brasil?
Tecnicamente, estes turbilhões de poeira podem ocorrer em qualquer época do ano no Brasil, mas são mais comuns no fim do inverno e na primavera, nas áreas muito quentes e secas do interior do país.
Um redemoinho de poeira pode ocorrer em todas as regiões do Brasil. Porém, as condições de relevo e de temperatura nos estados do Centro-Oeste, no Tocantins, em áreas do sul do Pará, oeste da Bahia e oeste de Minas Gerais facilitam o desenvolvimento do fenômeno.