Mercado bovino

Frigorífico de Araguaína é afetado com decisão dos EUA de barrar importação de carne

Por Agnaldo Araujo
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23/06/2017 18h18 - Atualizado há 5 anos
O frigorífico Minerva, em Araguaína,  será afetado diretamente com a decisão dos Estados Unidos de suspender a importação da carne bovina fresca do Brasil. Além de Araguaína, outra cidade tocantinense com frigorífico afetado é Gurupi, com o Cooperfigu. O anúncio de embargo da carne brasileira ocorreu nesta quinta-feira (22). Os dois frigoríficos eram os únicos do Tocantins habilitados para vender carne para os Estados Unidos, em acordo firmado entre os governos brasileiro e norte-americano, em 2016. O Estado tem um total de nove frigoríficos. O Brasil começou a exportar carne bovina para os EUA após julho de 2016, depois de 17 anos de negociações, e o fornecimento é suspendido em menos de um ano depois. O embargo O anúncio do embargo da carne in natura brasileira foi feito pelo secretário de Agricultura do EUA, Sonny Perdue, por meio de um comunicado. O Departamento de Agricultura americano informou que está testando 100% da carne brasileira que entra nos EUA. Nesses testes, 11% dos produtos de carne fresca brasileira importados foram rejeitados. "Esse resultado está substancialmente acima do que a taxa de rejeição de 1% das entregas vinda do resto do mundo", disse o departamento. Carne barrada Desde que o regime de fiscalização foi ampliado, os fiscais americanos recusaram a entrada de 106 lotes de carne brasileira, que levavam 1,9 milhão de pounds (cerca de 860 toneladas) de produto. Segundo o órgão americano, esses produtos foram reprovados devido a problemas sanitários e de saúde animal. "Apesar do comércio internacional ser uma parte importante do nosso departamento, e o Brasil é um de nossos parceiros, minha prioridade é proteger os consumidores americanos. É isso que fazemos suspendendo a importação de carne fresca do Brasil", disse o secretário americano, no comunicado. Segundo o comunicado, a suspensão vale "até que o ministério de Agricultura brasileiro tome medidas corretivas que os EUA achem satisfatórias". O ministro Blairo Maggi afirmou na sexta-feira (23) de manhã que entre 10 e 15 toneladas de carne que estão a caminho dos EUA deverão retornar ao Brasil. Ele teme que outros países adotem medidas similares e pretende antecipar para a próxima semana viagem aos Estados Unidos para tentar reverter a decisão.

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