Corpo perfeito

Especialista comenta riscos do uso de óleo vegetal e anabolizantes em prol da beleza

Para ter um corpo saudável e bonito é preciso dedicação, tempo e muito treino.

Por Márcia Costa 830
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10/10/2018 00h33 - Atualizado há 6 anos
Mulher malhando corpo na academia

O desejo pelo corpo perfeito pode resultar em graves consequências à saúde e levar até a morte. Muitas pessoas que querem um bumbum durinho e músculos definidos em pouco tempo acabam recorrendo a procedimentos estéticos de risco e aplicação de produtos inadequados no corpo.  

O AF Notícias mostrou o caso da estudante araguainense Nanashara Nayane dos Anjos Rocha, de 31 anos, que recebeu aplicação de óleo vegetal no bumbum imaginando ser um coquetel de anabolizantes. 

O personal trainer e especialista em emagrecimento, Lucas Canale, faz um alerta sobre a utilização de anabolizantes, 'a famosa bomba', e outros produtos como o óleo vegetal. “Para ter o corpo da moda as pessoas seguem pelo atalho mais fácil com o uso de certas substâncias usadas para aumentar a forma muscular, mas que geram complicações graves, complicações cardiovasculares e até câncer”, afirmou.

Outra questão apontada pelo personal é que os procedimentos estéticos estão cada vez mais populares, por isso pessoas que não são habilitadas estão se aproveitando dos clientes. O profissional faz uma alerta. “As pessoas precisam saber que a dieta da moda não funciona. Tratamento em curto prazo não resolve. E principalmente que personais trainers não indicam substâncias para alunos e nem podem aplicar produtos em clientes ou fazer tratamentos estéticos", disse. 

Entre os produtos mais comuns encontrados clandestinamente está o anabolizante que provoca efeitos irreversíveis. "A voz engrossa e não volta, pois o efeito é andrógeno. Na mulher aumenta o clitóris, os pelos engrossam e causa até câncer. É difícil voltar a saúde. Os efeitos podem não aparecer logo, mas eles vão aparecer", disse Canale.

Para ter um corpo saudável e bonito é preciso dedicação, tempo e muito treino, além do acompanhamento de um profissional. Lucas Canale acredita que a principal mudança a ser feita está na mente.

 “As pessoas creditam seus resultados numa substância ou outra. Numa cirurgia, pré-treino, chá, dieta ou anabolizantes, mas depois de três meses tudo volta como era. As pessoas precisam de foco, disciplina e paciência. Ir para academia, malhar, malhar e ter uma alimentação saudável”, afirmou.

HISTÓRIAS NO TOCANTINS

Não faltam histórias que mostram até onde as pessoas podem chegar para conseguir o ideal estético.

Em agosto deste ano, a servidora pública aposentada, Regina Pereira Melo, 62 anos, morreu depois de fazer uma abdominoplastia para retirada de excesso de pele e gordura abdominal em Araguaína. Na época, o cirurgião explicou as consequências do pós-operatório.

Em maio, a estudante de medicina, Cynthia Nava Raposo, de 21 anos, de Porto Nacional, morreu após sofrer uma parada cardíaca numa academia da cidade. Muitos colegas associaram a morte ao uso de medicamentos emagrecedores que a jovem fazia.

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