Documentário

Aprovado pela Ancine, filme abordará disputas políticas históricas no extremo norte do Tocantins

Produção relata uma verdadeira guerra civil que durou cinco anos.

Por Cinthia Gomes de Abreu
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29/01/2024 09h24 - Atualizado há 3 meses
Hélio Brito – Diretor e Roteirista do filme

Selecionado no edital Novos Realizadores do Fundo Setorial do Audiovisual, de 2022, da Agência Nacional do Cinema (Ancine), o longa-metragem “Águas Passadas – O Rio Como Testemunha”, do cineasta Hélio Brito, de Palmas, será produzido ainda neste ano. A produção é classificada como um Docudrama, ou seja, um documentário ficcionado, mas baseado em fatos reais. 

De acordo com o cineasta, o filme será destinado à exibição em Salas de Cinema, como primeira janela. A previsão de lançamento oficial é para o segundo semestre de 2025, nas Salas de Cinema do Brasil.

No momento, o filme se encontra na fase de Desenvolvimento e Pré-Produção. Para isso, o diretor Hélio Brito e sua equipe já estiveram em Tocantinópolis e Porto Nacional -TO e Goiânia e Goiás Velho-GO. No mês de fevereiro, a equipe visita novamente Tocantinópolis-TO, Filadélfia-TO, Grajaú-MA e Carolina-MA, dentre outras cidades.

Sinopse

A produção discorre sobre as disputas políticas ocorridas no sul do Maranhão e extremo norte de Goiás (hoje Tocantins), logo após a Proclamação da República (1889). São relatadas na obra audiovisual uma série de convulsões sociais que envolveram as cidades maranhenses de Grajaú, Carolina e Pastos Bons, e as cidades goianas (hoje tocantinenses) Filadélfia e Tocantinópolis, com destaque para a chamada “primeira revolução de Boa Vista do Tocantins” (atual Tocantinópolis), ocorrida entre 1892 e 1895.

A produção relata uma verdadeira guerra civil que durou cinco anos, tendo de um lado o Coronel Carlos Leitão (maranhense) que tentava viabilizar a fundação do Estado Livre de Pastos Bons, e do outro lado, o Tenente-Coronel Perna (cearense), na época prefeito de Boa Vista, e que não queria deixar essa cidade goiana fazer parte do novo Estado, e nem do Maranhão. “Enfim, disputavam o poder político na mais promissora cidade dessa região do Brasil. Boa Vista do Tocantins chegou a ser a segunda maior cidade do imenso estado de Goiás, perdendo apenas para Catalão, situada no sul do estado”,  descreve o cineasta. 

O elenco será composto por atores/atrizes e figurantes tocantinenses e maranhenses. As locações incluem cidades como Goiás Velho (GO), na época a capital do imenso estado de Goiás, do qual fazia parte a longínqua Boa Vista do Tocantins; Tocantinópolis (TO), antiga Boa Vista do Tocantins, a cidade que era disputada pelos dois coronéis em conflito; Carolina (MA), importante cidade dessa região e próxima a Boa Vista, onde muitas famílias boavistenses se refugiavam durante os violentos combates; Filadélfia (TO), cidade-irmã de Carolina, separadas apenas pelo Rio Tocantins, onde moravam alguns líderes importantes dos grupos em disputa; Grajaú (MA), cidade central do projeto de criação do novo estado de Pastos Bons e origem política do Coronel Carlos Leitão; e Pastos Bons (MA), cidade que se transformaria na capital e daria nome ao novo estado.

O projeto é uma realização da HB Videofilmes, de Palmas, contemplado no Edital de Cinema Novos Realizadores 2022, da Agência Nacional do Cinema (Ancine), com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).

Sobre o  Diretor

Hélio Brito é tocantinense nascido em Porto Nacional. Ex-Presidente do Cineclube Antônio das Mortes, de Goiânia, ex-vice-presidente da ABD-GO (Associação Brasileira de Documentaristas), e ex-presidente da ATCV (Associação Tocantinense de Cinema, Vídeo e TV). Tem no currículo 17 obras audiovisuais nos gêneros documentário e ficção. Dentre elas, uma Série inédita de 05 episódios, sobre o engenheiro Bernardo Sayão e a rodovia Belém-Brasília, e que será lançada em 2024 na rede de TV´s Públicas brasileiras.

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