Justiça negou por 3 vezes o pedido de Jéssica para que a medicação seja fornecida pelo Estado.
Há dois anos, a moradora de Babaçulândia (TO), Jéssica dos Santos Silva, de 32 anos, descobriu um câncer de pele raro, chamado melanoma metastático, e vem travando na Justiça o direito de ter gratuitamente a medicação de alto custo para o tratamento da doença, que não é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Os remédios, Dabrafenibe e Trametinibe, custam cerca de R$ 65.790,00. Sem a ajuda do Poder Público, Jéssica depende de doações e da solidariedade das pessoas. Ela trabalhava como manicure, mas deixou de atender as clientes por causa da doença.
“Hoje faço uso de Dabrafenibe e Trametinibe, os dois em conjunto. Essa medicação foi a única que deu certo pra mim. Só que no SUS não tem tratamento que possa substituir essa medicação. Então, hoje pra eu viver, e a doença não avançar, dependo desses remédios”, explicou.
Jéssica conta que a doença começou no tórax e passou para o pulmão e virilha esquerda. O tratamento contra a doença iniciou em Araguaína, com cirurgia e radioterapia, mas segundo os médicos, o tratamento mais eficaz para combater o câncer deveria ser imunoterapia, mas acabou não surtindo efeito.
“Consegui uma vaga no Hospital de Amor de Barretos, em São Paulo, onde entrei em um estudo clínico de imunoterapia e tomei as doses por 5 meses, mas, infelizmente, a doença avançou mais ainda, devido a um tipo de mutação no meu DNA, chamada mutação braf v600. Por isso, a imunoterapia pra mim não serviu, daí então, operei a coxa esquerda e a axila esquerda. Os médicos de Barretos falaram pra mim testar um tratamento fora do SUS, que seria terapia –alvo".
Com a ajuda de amigos, familiares e vizinhos, Jessica conseguiu comprar a medicação no primeiro e segundo mês, que tem surtido efeitos positivos contra a doença. “Graças a essa medicação que eu tomo, todos os nódulos estão diminuindo e a doença está estabilizada, graças a Deus”.
JUSTIÇA NEGOU PEDIDO
Jéssica tentou conseguir que a medicação fosse fornecida pelo Governo do Estado, mas a Justiça negou o pedido por três vezes.
“Hoje em dia eu estou bem, pois não sinto mais dores. Agradeço muito a Deus e às pessoas que estão doando. Já usei o remédio por dois meses, e estou na luta todos os meses para conseguir juntar o dinheiro e comprar. Estou há 4 dias sem tomar a medicação, mas tenho fé em Deus que vamos conseguir juntar todo o dinheiro mais uma vez, e comprar, por que ele custa 65.790,00”, finalizou a manicure.
Doações podem ser feitas pelo Pix: jessicapop56@hotmail.com (Jéssica dos Santos Silva)
Mais informações sobre o caso podem ser obtidas pelo telefone (63) 99292-5183.