Dia da Consciência Negra

Opinião: O trabalho dos assistentes sociais no combate ao racismo e desigualdade

Nós assistentes sociais precisamos permanecer firmes nas trincheiras de luta e combater veemente o racismo

Por Redação 1.142
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20/11/2018 12h58 - Atualizado há 5 anos
Dia 20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra

O combate ao racismo é uma das bandeiras de luta do Serviço Social, tendo em vista isso, a campanha de gestão do conjunto CFESS/CRESS (Conselho Federal de Serviço Social e Conselhos Regionais) 2017-2020, intitulada "Assistentes Sociais no Combate ao Racismo", tem o intuito de debater o racismo no exercício profissional de assistentes sociais e incentivar a promoção de ações de combate ao racismo no cotidiano profissional, além ampliar a percepção das diversas manifestações do racismo, combater o racismo institucional nos espaços de trabalho de assistentes sociais, visibilizar a dimensão racial das demandas por direitos sociais no Brasil e denunciar o racismo no Brasil e suas variadas expressões.

Em tempos do endurecimento do conservadorismo, do descumprimento de direitos e de criminalização da pobreza em especial a população negra, é imprescindível está atento ao cotidiano profissional e ter nossas ações respaldadas nos princípios do código de ética profissional.

Nesse sentido, neste dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, se faz necessário recuperar o debate racial, para que nos tornemos permanentes vigilantes, no combate as desumanizações da vida de milhões de pessoas negras, que em sua maioria até hoje passam por situação de violência, perpetuadas pela opressão social.

De fato, não é novidade e nem causa surpresa que o sentimento de discriminação é notado em todas as áreas. Inúmeras pesquisas demonstram que os jovens negros/as são as maiores vítimas de homicídios no país. No judiciário esse quadro de desigualdade também se repete quando as penas são aplicadas, estas costumam ser mais rígidas para a população negra, até quando cometem por via das vezes os mesmo crimes praticados por brancos.

Na educação, o acesso se dá tardiamente e são os que mais evadem precocemente.  Na saúde, o maior índice de mortalidade materna se destina as mulheres negras e essas também predominam nos trabalhos domésticos e nas faixas salariais mais baixas.

Assim as expressões do racismo estão sempre presentes nos campos de atuações profissionais. Para este enfrentamento precisamos ter compressão crítica dos aspectos sociais e culturais historicamente construídos. É possível identificar grandes números de casos do racismo que ganharam fortes repercussões no país e no mundo, em pleno século XXI, nos demonstrando o quanto ainda precisamos combater este mal que assola a sociedade.

Por isso, a importância desse debate, para que possamos estabelecer métodos de enfrentamento à reprodução do preconceito, convocando a categoria à responsabilidade ética na defesa do projeto ético -  politico profissional.

Nós assistentes sociais precisamos permanecer firmes nas trincheiras de luta e combater veemente o racismo, que se encontra presente em nosso cotidiano.

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Cliseuda da Silva é assistente social, conselheira e coordenadora da Comissão de Ética do Conselho Regional de Serviço Social- 25ª Região (CRESS/TO). cliseuda@yahoo.com.br

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