Aventura e natureza

Pedalar no 'deserto' do Jalapão: o maior desafio enfrentado por casal que percorreu 11 mil km

Eles enfrentaram temperaturas elevadas - com sensação térmica de até 50 graus.

Por Redação 574
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13/06/2023 11h13 - Atualizado há 10 meses
"A paisagem é muito bonita, uma estrada longa de areia e nada dos dois lados", disseram

A paulista Iris Magalhães e o gaúcho Djoe Rosa, ambos com 28 anos, já percorreram mais de 11 mil quilômetros de bicicleta pelo Brasil em seis anos. Uma jornada sem previsão de volta, compartilhada em tempo real pelo casal nas redes sociais.

Os dois se conheceram na Universidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, em 2016. E, antes de começarem a namorar, fizeram uma viagem de 40 dias de bicicleta pelo Uruguai.

Em fevereiro de 2017, os dois deixaram a universidade para trás para embarcar na aventura.

Saíram de bicicleta de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e foram subindo em direção à Serra Gaúcha, passando pelas regiões dos cânions, pelo litoral de Santa Catarina, até chegar a cidades do Sudeste.

Como grande parte do dinheiro que eles juntaram havia sido usado na compra dos equipamentos e acessórios para a viagem, o casal iniciou a jornada com pouco mais de R$ 50.

"Saí com R$ 17 no bolso, e a Iris, com R$ 50", relembra Djoe.

O MAIOR DESAFIO - PEDALAR NO 'DESERTO'

Ao longo desta jornada, eles já viveram muitas aventuras. E se você perguntar qual foi o trecho mais desafiador do trajeto, eles não vão pensar duas vezes: o Jalapão, no estado do Tocantins.

"Chamam (o Jalapão) de 'deserto das águas', e explorar de bicicleta era quase uma loucura. 100% das pessoas diziam que a gente era doido e que íamos morrer", relembra Djoe.

Eles saíram do Distrito Federal com destino ao Jalapão em 2019. No trajeto entre as cidades de Ponte Alta do Tocantins e Mateiros, foram 210 quilômetros sem praticamente nenhuma estrutura para parada. Era possível avistar somente alguns moradores locais no caminho.

Como era época de seca, eles enfrentaram temperaturas elevadas - com sensação térmica de até 50 graus pela manhã.

E se hidratar não era nada fácil. Eles contam que muitas vezes tinham que percorrer 50 quilômetros até encontrar uma fonte de água. Mas, às vezes, davam sorte de contar com a generosidade de guias de turismo que passavam de carro.

"Foi a galera do turismo que nos deu apoio. E, inclusive, teve um guia que nos deixou comida."

Mas o mais desafiador, segundo o casal, era pedalar naquele terreno. Eles tiveram que descer das bikes. "A gente empurrava as bicicletas e demorava quatro horas para andar três quilômetros."

Quando chegavam na casa de moradores locais, ouviam até que deviam jogar as bicicletas fora porque iriam atrapalhar a travessia.

Eles lembram, no entanto, que também conseguiram caronas inesperadas ao longo do trajeto. Foram 40 dias na região. E, mesmo com a dificuldade para pedalar, o casal diz que se sentiu completo.

"A gente estava tão feliz, as pessoas foram tão incríveis. A paisagem é muito bonita, uma estrada longa de areia e nada dos dois lados. Várias vezes a gente estava lá, montava a barraca, e à noite não passava ninguém", relembram.

Confira a reportagem completa na Folha de S. Paulo.

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