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Três mortes por febre maculosa são confirmadas no Brasil; vítimas estiveram na mesma festa

Instituto Adolfo Lutz confirmou os casos nesta terça-feira (13).

Por Redação 1.495
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14/06/2023 10h17 - Atualizado há 10 meses
Piloto Douglas com a namorada; e Evelyn Santos: três casos confirmados de febre maculosa.

O Instituto Adolfo Lutz confirmou, nesta terça-feira (13/06), mais duas mortes por febre maculosa no estado de São Paulo. Entre elas está o piloto de automobilismo Douglas Costa, e a sua namorada, a dentista Mariana Giordano — que teve o diagnóstico da moléstia confirmado na segunda-feira (12). Eles morreram em 8 de junho após apresentarem subitamente febre, dores e manchas vermelhas no corpo.

Também foi atestado o óbito pela doença de Evelyn Karoline Santos, de 28 anos, que mora em Hortolândia, no interior do estado.

A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) confirmou que uma adolescente de 16 anos que estava internada com suspeita de febre maculosa morreu na noite desta terça-feira (13). Ela estava hospitalizada desde o dia 9 de junho, poucos dias depois de ir a uma festa na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio. O evento reuniu cerca de 3,5 mil pessoas. As demais vítimas também participaram da mesma festa.

LOCAL 

De acordo com a Prefeitura de Campinas, o Departamento de Vigilância em Saúde desencadeou uma série de ações de prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na fazenda Santa Margarida.

A fazenda só poderá fazer novos eventos quando apresentar um plano de contingência ambiental e de comunicação. Os responsáveis pelo local foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa”, explica a administração da cidade.

FEBRE MACULOSA

A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria transmitida por meio da picada de uma das espécies de carrapato, a Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela.

A enfermidade, que provoca um quadro febril agudo, pode se apresentar de forma assintomática até casos mais graves, com grandes chances de morte.

Conforme relatos, Mariana notou marcas de picada de inseto em seu corpo após viajar para Campinas. Posteriormente, o casal viajou para Monte Verde, distrito do município mineiro de Camanducaia, mas ela começou a apresentar os sintomas no segundo dia de estadia.

Seus sintomas podem ser confundidos com outras doenças que causam febre alta. O período de incubação é de dois a 14 dias. As manifestações de febre maculosa no casal começaram no dia 3 de junho.

Em São Paulo, há duas espécies da bactéria. Os municípios de Campinas — onde o casal esteve — e de Piracicaba, também no interior, são, hoje, os dois que apresentam maior número de casos registrados da doença.

Existem no Brasil dois perfis ecoepidemiológicos associados às bactérias e eles se concentram no Sudeste e Sul, principalmente. Por isso, é raro o registro de caso/óbitos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

  • Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste.
  • Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves.

Ambas as versões — Rickettsia rickettsii e a Rickettsia parkeri — são potencialmente letais e demandam atendimento rápido para o recebimento de antibiótico específico.

A Secretaria de Estado da Saúde reforça que as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal de febre e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença”, cita o órgão.

Com a identificação das novas mortes, São Paulo chega a 12 casos da doença e seis mortes.

Carrapato-estrela pode transmitir bactéria que provoca febre maculosa.

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