Centenas de mulheres vão as ruas da capital cobrar maior atuação do Estado no combate à violência
Por Redação AF
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19/11/2013 09h21 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">Na próxima sexta-feira (22 de novembro), cerca de 200 mulheres ocuparão as ruas da capital para cobrar maior atuação do poder público no combate à violência contra a mulher.<br /> <br /> Dados do relatório da Comissão Mista Parlamentar (CPMI) apontam ineficiência do Estado frente ao índice de mortes de mulheres. <em>“A proposta é colocar a mulher no espaço público, e dar visibilidade ao problema, porque a rua também é negada as mulheres”</em>, disse uma das organizadoras do movimento. Ao fim da ação que ocorrerá em frente à Secretaria de Segurança Pública, uma comissão entregará os dados da violência contra a mulher no Tocantins ao secretário, cobrando ações mais efetivas.<br /> <br /> De acordo com o relatório da CPMI da violência contra a mulher, o Estado do Tocantins aparece de forma preocupante com escassez de dados e impunidade dos agressores.<br /> <br /> <em>“Ano passado fizemos um encontro com mulheres de todo o estado que gerou um documento com várias reivindicações. Apresentamos dados alarmantes e até agora nada foi feito. Chegou a hora de ir para as ruas, até quando vamos deixar que as mulheres morram? O Estado é cumplice</em>” aponta Socorro Santos, do Grupo Feminista Dina Guerrilheira.<br /> <br /> Segundo os inquéritos encaminhados para os órgãos públicos no Tocantins com relação ao número de denúncias acatadas, observa-se que significativa parte da quantidade de boletins não são convertidas em inquéritos.<br /> <br /> Patrícia Barba Malves, do Centro de Direitos Humanos de Palmas, afirma que “a atuação do Tocantins é cada vez mais preocupante, porque a gente não tem delegacia 24 horas de atendimento a mulher e nos fins de semanas que são os horários que as mulheres mais sofrem violência. A rede de atendimento as mulheres não funcionam nos momentos em que elas mais precisam ser atendidas. Não temos Centro de referência e casa Abrigo suficiente para atendes estas mulheres no estado, e está muito diferente dos ouros estados segundo o relatório da CPMI”.<br /> <br /> Participarão da ação mulheres de movimentos sociais de diversas regiões do estado, na abertura de um encontro que se estenderá no sábado e domingo.</span></div>