<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Cerca de dez toneladas de medicamentos, produtos e insumos hospitalares serão incinerados pelo Governo do Tocantins. O material, adquirido nos últimos quatro anos pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), está comprometido devido ao mau armazenamento, por estarem contaminados e, em alguns casos, fora do prazo de validade. </span><span style="font-size:14px;">São analgésicos, antibióticos e anestésicos sem utilidade.<br /> <br /> Em visita ao estoque nesta segunda-feira (5), o novo secretário de Saúde do Tocantins, Samuel Bonilha, também constatou um amontoado de materiais e medicamentos inservíveis. </span><span style="font-size:14px;">A equipe localizou também um lote de antibióticos que, mesmo com a demanda do medicamento em todo o Estado, seriam necessários cerca de 15 anos para a total utilização dos estoques. </span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">O secretário constatou ainda materiais hospitalares que estavam armazenados do lado de fora do Estoque sem os devidos cuidados e ficaram expostos a sol e chuva. <em>“Estes materiais passarão por análise da Vigilância Sanitária, que irá dizer o que é apropriado para ser utilizado e o que não é”</em>, explicou. Bonilha acrescentou que há muitos produtos que devem vencer nos próximos três meses. <em>“Com tudo isso estragando, vocês podem ver que havia falta de planejamento, organização e comunicação entre esta unidade e os hospitais”</em>, comentou.<br /> <br /> No local foram encontradas caixas empilhadas com ataduras, catéteres, bolsas para coleta de urina do lado de fora protegidos apenas com uma lona. Apesar de estes materiais não estarem vencidos, estão sendo guardados de forma incorreta. </span><span style="font-size:14px;">Segundo o secretário da Saúde, Samuel Bonilha, a Sesau ainda não detalhou o real prejuízo financeiro aos cofres públicos. <br /> <br /> De acordo com o secretário, serão necessários cerca de três meses para a identificação, organização, controle e gestão do estoque de produtos adquiridos pela Sesau, além dos prejuízos aos cofres públicos devido à má conservação dos insumos que se contaminaram por estarem em contato com a poeira, a luz solar, em condições inadequadas de temperatura, entre outros.<br /> <br /> O secretário informou ainda que o governo anterior adquiriu um sistema eletrônico capaz de gerir o controle de atendimentos ao público em procedimentos hospitalares como cirurgias e internações, tendo como base as informações cadastradas no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Cartão SUS. Com um gasto de R$ 9 milhões para a aquisição da licença de utilização, o sistema nunca foi usado. </span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;"><img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/1000.jpg" style="width: 600px; height: 360px;" />Dentro do estoque, materiais hospitalares empilhados um sobre o outro, alguns no chão, com embalagens rasgadas. Além disso, compras sem critério criou um carregamento de esparadrapos suficiente para quatro anos de uso no maior hospital público do Estado, o Geral de Palmas. No estoque regulador, também é possível ver pacotes de fraldas amontoados.<br /> <br /> Segundo Bonilha, nos próximos meses vai vencer em torno de R$ 1,2 milhão de medicamentos. </span>