Alberto Rocha //Opinião Quando me disseram que política é uma caixinha de surpresa, eu acreditei. Nesse campo minado e liso, basta uma piscada de olhos para tudo mudar de repente. E foi o que aconteceu com o candidato dos factoides,
Carlos Amastha, que tentava laçar o mandato tampão. Mas uma tempestade caiu sobre o ex-prefeito de Palmas. E a previsão do tempo para o colombiano não é nada boa: tempo fechado, temperatura sufocante, ar irrespirável. Por um placar de 5x1,
o Tribunal Regional Eleitoral mandou Amastha mudar a rota do Busão e voltar para casa. Isso mesmo: a decisão do TRE em negar o registro da candidatura de Amastha, acabou com o sonho do ex-prefeito, que agora vê suas pretensões políticas em frangalhos, nessa campanha fora de tempo. Mas logo o Amastha? Logo ele que vinha fazendo de tudo para aparecer nessa campanha extemporânea. Não julgo o mérito se o que ele fazia era correto ou não, mas, no afã de chegar ao Palácio Araguaia, o colombiano esperneava de tudo quanto é jeito para ser visto pelos eleitores. Risível.
Amastha beijou burro, andou de bicicleta, tocou sanfona, comeu chambari, vestiu-se de índio, dançou forró, protagonizando cenas hilárias e até bizarras, que logo ganharam repercussão nas redes sociais. Só faltou ele se vestir de super-homem, homem de ferro, homem -formiga, homem-taxa, homem-bomba, hulk-esmaga ou dizer que foi ele quem inventou o petróleo da Arábia Saudita. Ao fazer tudo isso e muito mais para conquistar o eleitor desinteressado, provavelmente, Amastha seguia um roteiro de marketing que mais parecia um piccadilly. Os mais críticos, chegaram a chamar o colombiano de "o palhaço" da campanha. Se Amastha queria ser o
pinga-fogo da campanha, por enquanto, ele vai se transformando apenas numa fagulha, que insiste em continuar acesa até o dia da eleição, 3 de junho.
Alberto Rocha é jornalista. Veja mais... http://afnoticias.com.br/tudo-pelo-voto-amastha-danca-funk-anda-de-carroca-bike-e-brinca-com-cachorro/