Nas duas semanas após as eleições de 7 de outubro foram várias reuniões com empresários.
Tenho na conta dos piores gestores aqueles que só conseguem visualizar no aumento de impostos o remédio para reverter crises financeiras no poder público. Estratégia herdada de reis e ditadores que sacrificavam o povo para manter o luxo dentro de seus palácios.
No Tocantins, a experiência negativa mais recente foi o 'pacotaço' de impostos proposto pelo ex-governador Marcelo Miranda e aprovado, pelos deputados estaduais, em setembro de 2015. A previsão era aumentar a arrecadação em mais de R$ 160 milhões por ano.
Na prática, a população tocantinense foi massacrada com aumentos estratosféricos superiores a 100%, sob a falsa promessa de ajuste fiscal e equilíbrio nas contas públicas, para que o governo tivesse condições de voltar a investir.
Nada disso aconteceu! O Tocantins continua à beira do abismo e mal consegue pagar em dia a folha do funcionalismo público. Zero de recursos próprios para investimento e centenas de fornecedores pendurados na lista de credores.
Por isso o eleitor começou a dizer 'não' ao político-profissional e passou a votar em empresários, profissionais das mais diversas áreas e candidatos que se apresentam como o novo, o não-político.
Nesse ponto, o governador reeleito Mauro Carlesse começou acertando. Nas duas semanas após as eleições de 7 de outubro foram várias reuniões com empresários para apresentar o potencial do Tocantins e incentivos fiscais, que são mais de 10 tipos.
E já tem resultados. Uma empresa goiana pretende investir R$ 7 milhões para produção de ovos. Uma indústria chinesa de lentes oftálmicas projeta investimento de 10 milhões de dólares e geração de aproximadamente 800 empregos e muitos outros exemplos.
A industrialização é o caminho mais promissor para gerar emprego e renda, diminuir a dependência do poder público e aumentar indiretamente a arrecadação de impostos em razão do aumento na circulação de bens e serviços.
Mas Carlesse ainda tem que fazer outro dever de casa. Cortar gastos desnecessários, enxugar a folha de pessoal com a exoneração de aspones (os cabides políticos), e valorizar os servidores indispensáveis à eficiente prestação de serviços públicos. Essa é a essência de um ajuste fiscal.
Para isso, o governador precisa ter pulso firme. Caso contrário, será dobrado e empurrado contra a parede pelos próprios aliados enquato os adversários fazem a festa.
Bom dia!