Traído pelos principais aliados políticos, o deputado federal Osires Damaso (PSC) não teve outra saída senão desistir da candidatura ao governo do Tocantins, mesmo tendo esbravejado em várias ocasiões que não recuaria “de jeito nenhum”.
'Minha pré-candidatura é inegociável', avisa Damaso após reunião com Dimas e Eduardo Gomes
'Serei governador ou ex-deputado', diz Damaso ao sugerir que não recua de jeito nenhum
A pré-campanha de Damaso estava de vento em popa, a todo vapor, conquistando apoio de vários prefeitos, vereadores e lideranças políticas. Porém, o cenário da eufórica pré-candidatura começou a mudar quando o senador Irajá (PSD) fomentou especulações de que seria candidato a governador – o que se confirmou nesta sexta-feira (5).
Irajá não só tirou o brilho da pré-candidatura de Osires Damaso, como esvaziou o grupo, ao levar consigo o PRTB e Avante, dois dos quatro partidos do grupo. O senador fez jogo duplo e triplo. Discursou até na convenção do petista Paulo Mourão.
Na reta final das convenções, Damaso também foi abandonado pelo ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha, presidente estadual do PSB, que ainda driblou o ex-técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo e tomou a vaga para candidatura ao Senado Federal. A convenção do PSB foi marcada por bate-boca, empurra-empurra, gritaria e baixarias.
Com mais essa debandada, Damaso realizou uma convenção solitária, apenas com o PSC, sentindo o duro golpe. O entusiasmo de outrora, quando afirmou categoricamente que seria "governador ou ex-deputado", que sua candidatura era "inegociável", deu lugar a um político cabisbaixo e visivelmente desanimado. Assim, só lhe restou recuar da candidatura ao Palácio Araguaia e tentar a reeleição a deputado federal, bem como o aprendizado das rasteiras que levou.