Plansaúde

Polícia Federal faz nova operação autorizada pelo STJ em investigação contra Carlesse

Os mandados foram cumpridos em Palmas/TO,  Brasília/DF e Itajaí/SC.

Por Redação 5.603
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14/12/2021 14h10 - Atualizado há 2 anos
Governador afastado, Mauro Carlesse

Uma nova operação da Polícia Federal foi deflagrada, na manhã desta terça-feira (14/12), por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para cumprir mandados de busca e apreensão, prisão temporária e sequestro de bens relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina ligada ao Plano de Saúde dos Servidores do Estado do Tocantins, o Plansaúde.

As diligências são um desdobramento da Operação Hygea que investiga crimes supostamente cometidos por integrantes do Governo do Tocantins e que foram afastados temporariamente de suas funções por decisão da Corte Especial do STJ. Nesse esquema no plano de saúde dos servidores, estima-se que tenham sido desviado mais de R$ 40 milhões por meio do pagamento de propina.

Os mandados foram cumpridos em Palmas (TO),  Brasília (DF) e Itajaí (SC), por servidores da Receita Federal do Brasil e Policiais Federais.  

A operação deflagrada, nesta data, foi denominada pela Polícia Federal de 'BACO',  em referência a figura da mitologia ligada ao lazer e às festas, em razão da conduta pródiga identificada em alguns investigados.

Carlesse está afastado do cargo de governador do Tocantins desde o dia 20 de outubro. Recentemente, ele precisou ser internado após sentir dores no peito e foi diagnosticado com 'problema cardiovascular'. Carlesse está em São Paulo, segundo seu advogado.

A Polícia Federal não informou se o governador é um dos alvos dessa nova fase da operação.

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OPERAÇÕES

A gestão do governador afastado Mauro Carlesse (PSL) foi alvo de duas operações da Polícia Federal autorizadas pelo STJ. Dezenas de servidores do alto escalão, incluindo dois secretários de Estado e o próprio governador, foram afastados por 180 dias.

A operação Éris visa desarticular o braço da organização criminosa instalado na Secretaria de Segurança Pública do Estado do Tocantins. O grupo é suspeito de obstruir investigações de combate à corrupção, utilizando-se de diversos instrumentos normativos e disciplinares, como a remoção indevida de delegados responsáveis por inquéritos de combate à corrupção que atingiam membros da cúpula do Estado. Há ainda fortes evidências da produção coordenada de documentos falsos para manutenção dos interesses da organização criminosa. Também  é apurado o vazamento de informações de investigações em andamento.

Já a operação Hygea tem o objetivo de desmantelar o esquema de pagamentos de vantagens indevidas relacionadas ao Plano de Saúde dos Servidores (Plansaúde) e a montagem de uma estrutura voltada para a lavagem do dinheiro, desviado dos cofres públicos e integralizado ao patrimônio dos investigados.

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