Alguns fornecedores da Prefeitura de Palmas, a única que possui um orçamento anual bilionário no Tocantins, não recebem pagamento há cerca de seis meses. Apenas a dívida com a empresa que recolhe o lixo chega a R$ 19 milhões, tudo fruto da gestão do ex-prefeito
Carlos Amastha (PSB), candidato ao governo do Tocantins. O rombo nas contas públicas da capital ficou nas mãos da agora prefeita
Cinthia Ribeiro (PSDB). A denúncia foi apresentada pelo vereador
Milton Neris (PP) na tribuna da Câmara durante a sessão de quarta-feira (2). O parlamentar cobrou uma solução para realizar o pagamento dos fornecedores que prestam serviços à Capital. Segundo o vereador, várias máquinas estão paradas no pátio da Secretaria de Infraestrutura e na Subprefeitura de Taquaralto devido à falta de pagamento das empresas fornecedoras, que chega a seis meses de atraso. Neris afirmou que a Prefeitura também está com o pagamento atrasado da empresa de lixo, responsável pela limpeza pública de Palmas, com uma dívida que chega a 19 milhões.
"Os palmenses que pagam um IPTU caríssimo, ISS, COSIP, taxas de alvará de funcionamento, taxa de lixo, corre o risco de ter seu lixo acumulado em frente suas residências e comércio, porque a prefeitura não paga seus contratos contínuos. Isso porque o dinheiro foi aplicado em shows, tendas, diárias excessivas e viagens, sendo mais de 56 milhões gastos com eventos na cidade", criticou o vereador. O ex-prefeito Amastha reajustou o
IPTU neste ano em cerca de 300%, mas o aumento foi derrubado pelo Tribunal de Justiça do Tocantins.
O ex-gestor ainda gastou no início do ano mais de R$ 1 milhão em shows no evento Palmas Capital da Fé. Neris também lembrou de outros gastos desnecessários da prefeitura, como as compras efetuadas com pedras e gramas para ornamentar canteiros pela cidade e, por outro lado, a falta de pagamento das progressões dos servidores, que desde 2016 não recebem.
"Precisamos de uma solução para resolver esses problemas. Está na hora do povo se levantar e cobrar seus direitos", finalizou. Na semana passada, o vereador Rogério Freitas chamou o ex-prefeito de
'malandro e caloteiro' por sair sem pagar os fornecedores. Amastha também
deixou de pagar R$ 200 mil a uma empresa e o TJ-TO mandou sequestrar o dinheiro das contas da prefeitura. Os servidores da educação de Palmas também fizeram vários protestos e
acusaram o ex-prefeito de dar calote na categoria. O
AF Notícias solicitou uma posicionamento da Prefeitura de Palmas e aguarda retorno.
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