Após 22 dias com as atividades paralisadas, os educadores de Palmas suspenderam ontem (26), em Assembleia Geral, o movimento grevista, mesmo sem negociação com o prefeito
Carlos Amastha (PSB). Também chegou ao fim o protesto dos 7 professores que estavam em greve de fome em nome de toda a classe. Em frente à Câmara de Palmas, local onde os professores permaneceram por 14 dias, a maioria dos trabalhadores votou pela suspensão da greve, de acordo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet). Foi deliberado também, na ocasião, que os educadores retornam às salas de aula nesta quinta-feira (28). Apesar do movimento ter sido suspenso, o Sintet ressalta que a luta não chegou ao fim.
"Se o prefeito Carlos Amastha não dialogar poderemos retornar a qualquer momento", alerta o presidente regional do Sindicato,
Fernando Pereira. SEM SALÁRIO Os professores decidiram voltar às escolas, mas sem salário este mês. Isso porque, a gestão, ao invés de negociar com a categoria, cortou o ponto dos grevistas. Em um vídeo divulgado pelo
Mídia Ninja, o professor
Vinícius Luduvice comenta a situação e revela que alguns profissionais receberiam apenas R$ 200,00 este mês por terem decidido reivindicar seus direitos. O servidor destaca que de fato alguns trabalhadores recebem R$ 7 mil por mês, mas outros recebem cerca de um salário e o corte de ponto significa uma renda insuficiente até para se alimentar. Em razão da necessidade desses educadores, uma campanha mobiliza cidadãos palmenses a doarem alimentos para quem não poderá fazer comprá-los. Um
banner (que pode ser visto logo abaixo) circula nas redes sociais pedindo alimentos para os trabalhadores. Nele, também há a justificativa da campanha e os locais onde as pessoas podem doar.