Tribunal do Júri

Serial killer de Araguaína é condenado a 72 anos de prisão por três homicídios e uma tentativa

Homicídio duplamente qualificado de três homens.

Por Redação 2.591
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03/03/2023 10h28 - Atualizado há 1 ano
Renan foi condenado a 72 anos de prisão.

Apontado pelo Ministério Público como sendo um serial killer, Renan Barros da Silva, 23 anos, foi condenado a mais de 72 anos de prisão por matar aleatoriamente três homens e deixar outro ferido em Araguaína (TO). 

Renan é acusado de três assassinatos duplamente qualificados, uma tentativa de homicídio e ocultação de cadáver. A defesa dele foi feita pela Defensoria Pública do Estado. O julgamento iniciou na manhã desta quinta-feira (02/03) e só terminou por volta das 20h. Ele foi considerado culpado por todas as acusações.

Além destes assassinados pelos quais foi julgado, Renan também é suspeito de ao menos outras duas mortes em Araguaína. Ele vai começar a cumprir a pena em regime fechado e não teve o direito de recorrer em liberdade. A sentença foi dada pela juíza Nely Alves da Cruz.

A pena dele foi fixada em 72 anos, cinco meses e um dia de prisão. Os crimes foram praticados na rotatória da rua Beira Lago com a avenida Filadélfia. Conforme a acusação, as vítimas foram escolhidas aleatoriamente.

Na época, ele foi capturado na cidade de Rondon do Pará, poucos dias depois dos crimes

CRIMES

Os crimes em Araguaína aconteceram na madrugada de 27 de maio de 2021. Segundo as investigações, as ações começaram por volta de 1h30. A primeira vítima conduzia uma motocicleta, na Avenida Filadélfia, quando foi surpreendida pelos disparos. Francisco Regis Freitas Gonçalves foi atingido na cabeça e morreu na hora.

As duas outras vítimas fatais foram Manoel Cassiano de Oliveira e Simião Neto Pereira, 40 minutos após o primeiro crime. Eles teriam caído da motocicleta na qual transitavam, após os disparos, e em seguida foram feridos com objeto cortante, na região da cabeça.

Às 3h da madrugada, o autor ainda atentou contra a vida de Ivan Lima França, que conseguiu fugir do local e teve a ajuda da Polícia Militar.

A investigação concluiu que ele agiu sozinho e utilizou uma pistola 380 para executar as três vítimas. Também usou uma bicicleta para sair de um hotel no bairro JK, até a rotatória da Avenida Filadélfia, onde assassinou as três vítimas.

MORTES ALEATÓRIAS

As investigações da Polícia Civil apontaram que o investigado chegou de bicicleta ao local onde se escondeu e de posse de uma pistola executou as três vítimas sem dar qualquer chance de defesa. “Frisa-se que todos foram surpreendidos com disparos na cabeça e tiveram seus corpos ocultados no matagal. Os veículos que conduziam foram jogados em um barranco”, disse o delegado-chefe da 2ª DHPP, Adriano de Aguiar Carvalho.

 A autoridade ressaltou também que as mortes foram aleatórias, pois não foi descoberta nenhuma motivação para os crimes. Um quarto motociclista só escapou da morte porque  conseguiu fugir ao ser abordado pelo assassino, que ainda atirou na motocicleta.

O delegado Adriano também foi ouvido na sessão do Tribunal do Júri e relatou as conclusões das investigações da 2ª DHPP. 

OUTROS CRIMES

Além do triplo homicídio, ele é suspeito de matar outras duas pessoas em Araguaína e outra em Estreito, no Maranhão.

Ele é apontado como autor da morte do jovem Luiz Gonzaga Dias da Silva, de 21 anos, ocorrida no dia 22 de novembro. A vítima foi morta a tiros às margens da TO-222, no Distrito de Novo Horizonte.

Outro homicídio atribuído a Renan ocorreu dia 3 de novembro de 2020, em Araguaína. A vítima é Fernando da Silva Brito, 32 anos. Ele foi morto a tiros em frente à esposa.

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