Caso Alvorada

Aije pede cassação de prefeito reeleito por causa de atentado contra rádio no Tocantins

A chapa derrotada alega abuso de poder político por parte do gestor reeleito.

Por Nielcem Fernandes 1.933
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07/12/2020 18h46 - Atualizado há 3 anos
A Ação sustenta que o filho do prefeito reeleito Paulo Antônio (DEM) foi o mandante do crime

O candidato a prefeito Roberto Sampaio (PSD), derrotado nas eleições municipais em Alvorada, sul do Tocantins, entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra o prefeito reeleito Paulo Antônio (DEM), alegando abuso de poder político no caso do atentado à rádio BR FM Tocantins. Para Sampaio, o crime teve motivação política e pode ter interferido no resultado das eleições. O caso ganhou repercussão nacional e foi amplamente noticiado na imprensa tocantinense.

"Verifica-se de forma inconteste que estamos diante de um ilícito eleitoral, uma vez que o objetivo do crime foi impedir o debate eleitoral entre os candidatos", diz um trecho da petição inicial.

Na Aije, Roberto Sampaio sustenta que o principal suspeito de ter ateado fogo no transmissor da rádio às vésperas do debate eleitoral era funcionário do município e teria agido a mando do filho do atual prefeito.

Hélio Ribeiro Figueiredo Júnior, apontado com principal suspeito de ter cometido o atentado, não resistiu aos ferimentos provocados pelas queimaduras no corpo e morreu no dia 17 de novembro no Hospital de Queimaduras de Anápolis (GO), onde estava internado. Na época ele aparecia no Portal de Transparência do município como diretor da Secretaria de Meio Ambiente de Alvorada.

"Conforme sabido por toda a população de Alvorada, o referido servidor era segurança pessoal do atual prefeito. conforme consta nos autos do Inquérito Policial, o Sr. Lucas Ribeiro de Lima, filho do atual prefeito, fora apontado como mandante do  crime, o qual é evidentemente motivado pela disputa eleitoral", alega o departamento jurídico do candidato em outro trecho da Aije.

 Além da cassação do mandato do atual prefeito, a Aije pede que os seus direitos políticos sejam suspensos por oito anos.

Confira a petição da Aije.

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