Críticas

Célio Moura repudia deputados do Tocantins por privatizações: 'efeito Bolsonaro na veia'

O parlamentar petista classificou as medidas como 'pacote de maldade'.

Por Redação 1.090
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25/06/2020 14h19 - Atualizado há 3 anos
Deputado federal petista Célio Moura

O deputado federal Célio Moura (PT/TO) fez duas críticas à Assembleia Legislativa do Tocantins após a aprovação de um pacote que inclui a privatização total da Energisa, mudanças no Igeprev e a concessão de oito trechos de rodovias estaduais à iniciativa privada.

O parlamentar disse que os deputados estaduais aprovaram um "pacote de maldade" e deram um "presente de grego" ao povo tocantinense. 

"No meio de uma crise sanitária de proporção sem igual, 'passaram a boiada' em nossos direitos, aprovaram retrocessos sem debater amplamente com a população (que vai pagar mais caro), sem consultar os sindicatos e pensadores, tudo costurado sem nenhum respeito ao contribuinte, cidadão e cidadã tocantinense à toque de caixa", disparou Célio Moura.

PRIVATIZAÇÃO DA ENERGISA

A Assembleia autorizou o Governo do Estado a vender sua participação acionária de 23% na concessionária Lajeado S.A (Energisa). O Governo estima arrecadar até R$ 600 milhões. Através de emenda, a bancada de Araguaína conseguiu incluir no projeto a previsão de que 30% dos recursos arrecadados com a venda das ações sejam destinados à construção do HGA (Hospital Geral de Araguaína).

"Todos sabem o péssimo serviço que a Energisa nos presta: altíssimo custo para o consumidor e precarização do atendimento e trabalho prestado. Ou seja, o cenário é de preço alto, trabalho ruim e insuficiente. Tudo isso aprovado pelos que deveriam defender o interesse da população. É lamentávelmente o efeito Bolsonaro na veia da Assembleia", criticou.

CONCESSÃO DE RODOVIAS À INICIATIVA PRIVADA

Quando à concessão das oito rodovias, o Governo do Estado pretende atrair R$ 5 bilhões.

"Eles vão tornar a vida dos trabalhadores e trabalhadoras ainda mais difícil, por exemplo, quando se privatiza as rodovias significa que vão cobrar pedágio (de entrada e de saída) de quem for viajar, visitar amigos e parentes, trabalhar fora. A questão da carestia no preço da alimentação também é um fator preocupante, já que com a privatização todo o alimento que vier de fora ficará mais caro", explicou.

INJUSTIÇA SOCIAL

Por fim, o deputado manifestou repúdio à privatização e aos deputados e disse que isso simboliza o agravamento da injustiça social.

"O momento é de diminuir o custo de vida, facilitar ao máximo que as pessoas tenham acesso ao básico com dignidade, a crise econômica é enorme, ninguém está em condição de enriquecer empresa privada em detrimento da valorização do serviço público de qualidade para todos. Privatização NÃO é solução. É agravamento de injustiça social", finalizou.

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