Corrupção na saúde

Gaeco faz operação contra médicos e servidores no maior hospital público do Tocantins

Os agentes recolheram vários prontuários de pacientes.

Por Redação 1.606
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15/03/2022 09h43 - Atualizado há 2 anos
Operação no Hospital Geral de Palmas (HGP)

Servidores do maior hospital público do estado do Tocantins, o HGP, foram presos durante uma investigação que apura um esquema de fura-fila e cobrança por procedimentos cirúrgicos dentro da unidade de saúde que atende usuários do SUS.

A operação Betesda foi deflagrada na manhã nesta terça-feira (15) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins, com apoio da Polícia Civil. Entre os presos estão dois médicos e um fisioterapeuta. 

A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão no Hospital Geral de Palmas (HGP) e em endereços particulares. Também foi cumprido mandado de prisão temporária contra um quarto participante do esquema, que atuava na cooptação de pacientes em Ponte Alta do Tocantins.

As investigações apontam que os médicos estariam cobrando dinheiro de pacientes para 'agilizar' cirurgias. Os agentes recolheram vários prontuários de pacientes que podem ter sido beneficiados pelo esquema criminoso.

Quatro promotores de Justiça acompanharam dentro da unidade o cumprimento dos mandados judiciais. 

Ao saber da operação, o secretário estadual de Saúde, Afonso Piva, se dirigiu à unidade e disse que está colaborando com as investigações. Também determinou que a corregedoria da pasta apure a denúncia administrativamente.

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Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou que está à disposição do Gaeco, do Ministério Público do Tocantins (MPE), Polícia Civil e do próprio judiciário, para prestar todos os esclarecimentos que forem pertinentes à Pasta sobre a operação que investiga o possível esquema de cobrança indevida dentro do Hospital Geral de Palmas (HGP), para realização de cirurgias.

Conforme a nota, o secretário da Saúde, Afonso Piva, e o diretor geral da unidade, Leonardo Toledo, acompanharam a operação dando total suporte para elucidação dos fatos.

Os agentes tiveram acesso aos documentos solicitados, como também, a prontuários médicos e demais documentos relativos aos encaminhamentos e procedimentos de pacientes.

Paralelamente, o secretário determinou imediata abertura de sindicância - a ser instaurada pela corregedoria de saúde - a fim de apurar os fatos, obedecendo, logicamente, o princípio da ampla defesa aos investigados.

O Governo do Tocantins reafirmou os serviços públicos de saúde são totalmente gratuitos. A Secretaria afirmou que não compactua com qualquer forma de corrupção ou ingerências, e não medirá esforços para que tais ações sejam coibidas na gestão pública tocantinense.

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