Procedimento aponta que vagas estão sendo insuficientes.
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) instaurou procedimento investigatório para apurar as circunstâncias das mortes de dois pacientes acometidos pela covid-19 que não tiveram acesso a leitos de UTI, além de outros óbitos causados pela doença em Palmas. A Promotoria de Justiça quer saber se houve desassistência aos pacientes.
Uma das vítimas é a moradora Edilma da Silva Goulart, de 49 anos, que faleceu no dia 11 de agosto. Conforme o MPTO, ela foi diagnosticada com a covid-19 e estava há dias internada na UPA Sul, em Palmas, com indicação de transferência para um leito UTI desde o dia 9, entretanto, a paciente não resistiu e veio a óbito antes de qualquer remoção.
A mulher era portadora de hipertensão, diabetes e pneumonia, fazendo parte do grupo de risco que está mais suscetível a desenvolver sintomas graves após a infecção por covid-19.
A outra morte citada no procedimento do MPTO é a do servidor estadual Francisco Machado de Souza Filho, ocorrida no dia 19 de agosto. Um vídeo divulgado nas redes sociais aponta que não havia leito de UTI disponível para socorrer o paciente, segundo o órgão.
“Por conseguinte, esses dois óbitos indicam que as vagas destinadas aos pacientes do SUS estão sendo insuficientes para a demanda”, diz o MPTO.
O procedimento do Ministério Público não aponta provável responsável pela possível desassistência, se o Estado ou a gestão municipal de Palmas. A investigação será conduzida pela promotora Araína Cesárea Ferreira dos Santos D’Alessandro, da 27ª Promotoria de Justiça da Capital.
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