“O Tocantins está isolado na região e nós precisamos viabilizar esses voos para que o Estado seja visto também pelo lado do Nordeste”. A constatação foi feita pelo governador Mauro Carlesse (PHS) durante reunião com a diretora de relações institucionais da empresa aérea Azul, nesta quarta-feira (05).

Recentemente, a Latam suspendeu voos diretos de Brasília para Palmas e o Procon-TO estipulou, nesta quarta-feira (04), o prazo de cinco dias para  a empresa justificar a mudança.

O objetivo da audiência com representantes da Azul, que contou com a participação de secretários de Estado e técnicos do Governo, foi ajustar a legislação para que o Estado possa conceder os incentivos necessários para viabilizar a operacionalização da empresa na rota para a região Nordeste e outras localidades do País.

Mauro Carlesse explicou que o interesse do Governo em tornar essa rota aérea uma realidade é grande, daí a necessidade de sensibilizar as companhias para oferecer mais voos, não só Palmas a Recife, mas também para Araguaína/Gurupi/Goiânia, proporcionando mais mobilidade.

“Estamos trabalhando para isso e o que o Estado precisa oferecer é dar condições de operacionalização, reduzindo os custos dos combustíveis, que são os mais caros do Brasil. Estamos estudando junto com os técnicos da Secretaria da Fazenda as condições para que essas linhas aéreas sejam implantadas o mais rápido possível”, sustentou o governador.

Carlesse também lembrou as dificuldades que os usuários enfrentam para chegar ao Nordeste, que está geograficamente próximo do Tocantins.

“Para irmos a Recife, vamos primeiro para Brasília ou São Paulo. Queremos fazer essa linha direta, para fazer com que os nordestinos sejam servidos com linha direta para Palmas e os negócios se viabilizem, também vamos favorecer o turismo do nosso Estado, bem como, o setor de fruticultura, de piscicultura e outros”, argumentou.

A diretora de relações institucionais da Azul, Patrícia Xavier, disse que há demanda e interesse da empresa em servir o Estado com essa linha área e os impeditivos são os tributos que tornam o combustível muito caro no Brasil.

“Estamos tratando da redução de imposto e oferecendo ao Estado mais voos, mais frequência e mais destinos. Mediante uma oferta do Estado, a Azul também se dispõe a ofertar mais voos e aeronaves para atender a população do Tocantins”, disse.

Incentivos

O secretário interino do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden), Charles Seixas, disse que o Tocantins já tem uma legislação que contempla com incentivos fiscais a criação de novos voos e que, após estudos com os técnicos da Seden e a Secretaria da Fazenda, o Governo do Estado decidiu estender os benefícios previstos a todas as empresas aéreas.

“A grande vantagem disso é que nós estávamos pleiteando uma linha para o Nordeste e, agora, abrimos as possibilidades para atender outras localidades como Manaus (AM), Belém (PA) e outras Capitais do Norte e Nordeste por quem manifestar interesse a partir do incentivo fiscal concedido ao combustível, desde que abram novas linhas para qualquer localidade do País”, afirmou.

O secretário explicou que, em um curto período de tempo, o Estado vai experimentar crescimento da arrecadação devido ao aumento do número de aeronaves que irão abastecer e também do crescimento da procura pelo Estado para negócios e turismo.

“Seremos muito mais competitivos a partir do interesse das empresas em abastecer em nosso Estado e teremos a capital interligada a todas as regiões do Brasil”, afirmou.

Segundo ele, esses benefícios ainda necessitam de aprovação da Assembleia Legislativa, o que deve acontecer ainda este ano.

“Acreditamos que podemos aprovar essa mudança ainda este ano e em meados do próximo semestre inaugurarmos o primeiro voo para o nordeste ou mesmo para outras localidades”, finalizou.