Estimativa leva em conta a inflação acumulada entre março de 2022 e fevereiro de 2023.
O preço dos remédios comercializados no Brasil subirá até 5,6% a partir de abril, acompanhando a inflação medida pelo IPCA, pelos cálculos do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).
A resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) que trará o reajuste oficial de 2023 deve ser publicada nesta sexta-feira (31) e vale para cerca de 13 mil apresentações de remédios de prescrição médica.
Vale frisar, contudo, que conforme o Sindusfarma, o aumento não se dará de forma imediata e automática.
De acordo com a entidade, deverá ocorrer à medida que haja reposição dos estoques e de acordo com a estratégia comercial das empresas. Também por causa disso o aumento efetivo dos preços fica, via de regra, abaixo da inflação.
A estimativa do Sindusfarma leva em conta a inflação acumulada entre março do ano passado e fevereiro deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a leitura de que os demais fatores da fórmula usada para cálculo serão iguais a zero.
Em 2023, o principal fator da fórmula, a inflação medida pelo IPCA, já está dado e foi de 5,6% entre março do ano passado e fevereiro. Os fatores X e Y, que medem produtividade da indústria e custos de produção, devem ter impacto nulo, assim como o fator Z, criado para promover a concorrência nos diferentes segmentos do mercado farmacêutico conforme o grau de concentração.
Diante do cenário, a saída é focar no planejamento para adequar o orçamento ao aumento das despesas. Uma solução pode ser a compra antecipada de medicamentos até o dia 31 de março.
Vale lembrar também que boa parte das operadoras de planos de saúde mantém convênios com redes de farmácias que garantem descontos de até 85%, dependendo do tipo de medicamento.
Na maioria das vezes, para fazer jus ao benefício, basta informar o plano de saúde, fornecer o CPF ou a carteirinha do convênio.