Na capital do Tocantins, 32,5% dos entrevistados abusam com frequência do álcool.
Os homens da capital tocantinense estão em primeiro lugar quando o assunto é o consumo abusivo de bebidas alcoólicas entre as capitais no Brasil. Os dados estão numa pesquisa de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (Vigitel), divulgados pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (25).
A pesquisa foi realizada por telefone entre os meses de janeiro e dezembro de 2018. Neste período, foram ouvidos 524 homes. Destes, apenas 104 (20%) assumiram fazer o uso de bebidas alcoólicas. Entre as mulheres esse percentual cai. Das 937 mulheres ouvidas, apenas 11% disseram que ingerem bebida alcoólica de maneira ‘abusiva’.
A pesquisa levou em consideração ‘a frequência de consumo abusivo de bebida alcoólica’ de cinco ou mais doses ‘de uma vez’ nos últimos 30 dias anteriores à data da entrevista. Na capital do Tocantins, 32,5% dos entrevistados responderam que fazer o uso de cinco ou mais doses de uma vez com frequência.
Além de Palmas, as maiores frequências de consumo abusivo entre os homens foram registradas em Salvador com (31,6%) e Florianópolis (31,0%). Já as menores taxas no sexo masculino foram registradas em Porto Alegre (18,3%), Manaus (19,9%) e Rio Branco (20,2%).
Segundo a pesquisa, as mulheres que mais bebem no Brasil estão em Salvador (31,6%), Belo Horizonte (16,4%) e em Vitória (15,5%). As que menos bebem estão em João Pessoa (7,4%), Curitiba (7,9%) e Natal (8,0%).
Direção e álcool
No mesmo estudo, há dados também dos motoristas que ingerem bebida alcoólica e dirigem. Dos entrevistados homens, 12% alegam que dirigem após consumirem álcool. O número é menor entre as mulheres, sendo que apenas 2% assumem fazer a mistura entre álcool e direção.
OMS
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), um pequeno conjunto de fatores de risco responde pela grande maioria das mortes por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e por fração substancial da carga de doenças devido a essas enfermidades. Entre esses, destacam-se o tabagismo, o consumo alimentar inadequado, a inatividade física e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.