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Arnaldo Filho

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Exonerações

Prefeita exonera cúpula da Educação e secretário preso pela PF por lavagem de dinheiro em Palmas

Também foram exonerados o Diretor de Finanças e a assessora executiva.

Por Arnaldo Filho 1.521
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11/08/2023 07h53 - Atualizado há 1 ano
Secretário preso, Edmilson das Virgens, e secretária da Educação, Maria de Fátima

Após as duas operações da Polícia Federal que apreenderam milhões de reais em dinheiro vivo e joias, a Prefeitura de Palmas decidiu exonerar toda a cúpula da Secretaria Municipal de Educação, bem como o secretário preso em flagrante por crime de lavagem de dinheiro.

Os contratos investigados ultrapassam R$ 30 milhões e foram firmados pela Educação mediante contratação direta, ou seja, sem nenhum processo licitatório.

Entre os exonerados estão o Edmilson Vieira das Virgens, secretário de Desenvolvimento Urbano e Serviços Regionais, que era considerado o homem forte da gestão da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB); a secretária da Educação, Maria de Fátima Pereira de Sena e Silva, e a secretária executiva da pasta, Fernanda Rodrigues da Silva.

Além deles, também foram exonerados da Educação a assessora executiva Pamella Rodrigues Pereira e o Diretor de Administração e Finanças, Mervaldo Alves Pires. Todas as portarias de exoneração foram publicadas no Diário Oficial do Município na noite desta quinta-feira (11).

DESIGNAÇÕES

Com as exonerações, a prefeita designou outros secretários para responder pelas pastas.

A secretária de Planejamento e Desenvolvimento Humano, Maria Emília Mendonça Jaber, vai responder, interina e cumulativamente, pela Secretaria Municipal da Educação, a partir de 10 de agosto de 2023.

Já o secretário Executivo de Desenvolvimento Urbano e Serviços Regionais, Israel Henrique de Melo Sousa, passa a responder pelo comando da pasta no lugar do secretário preso.

ENTENDA

Edmilson foi preso em flagrante pela Polícia Federal suspeito de lavagem de dinheiro. Momentos antes, os agentes federais encontraram uma casa que servia como esconderijo para guardar várias bolsas e caixas cheias de dinheiro e joias.

O secretário foi levado para o Quartel do Comando Geral (QCG). A PF cumpriu 14 mandados de busca e apreensão, inclusive na na sede da Secretaria Municipal de Educação e no prédio da prefeitura, na Avenida JK.

A PF investiga dois contratos que somam mais de R$ 30 milhões: um deles é relacionado ao transporte escolar, no valor de R$ 19,9 milhões, pelo prazo de 180 dias. O outro contrato é sobre a compra de kits pedagógicos para escolas municipais, no valor de R$ 14,9 milhões. Ambos foram feitos sem licitação. A polícia suspeita que houve pagamento de propina para agentes públicos.

Segundo a decisão que autorizou as buscas, Edmilson possui estreita relação com Fernanda da Silva e teria indicado ela ao cargo de secretária executiva da Educação. Ela seria a responsável pela contratação da empresa MindLab do Brasil para fornecer os kits pedagógicos, pagos com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

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