Para o relator, a Assembleia cumpriu com seu dever.
Nessa sexta-feira, 11 de março, Mauro Carlesse renunciou ao mandato de governador do Tocantins para colocar fim ao processo de impeachment que tramitava na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) e tentar evitar a suspensão de seus direitos políticos por 8 anos. A renúncia, no entanto, pode não ter o efeito esperado, como avaliam juristas.
Já para os integrantes da Comissão Especial de Impeachment, a sensação é de dever cumprido. O relator do processo, deputado estadual Professor Júnior Geo (Pros), afirma que a Assembleia Legislativa cumpriu com o seu dever e que 'ninguém renuncia a um mandato de governador sendo inocente'.
Sem saída
“O governador afastado percebeu que não tinha saída porque nosso relatório, aprovado por unanimidade pelos 24 deputados estaduais, foi muito bem fundamentado, com provas robustas e muito graves, com delações e documentação contidas no processo que trariam a cassação inevitável porque ninguém renuncia a um mandato de governador sendo inocente”, afirma Júnior Geo.
Desde 2019
O deputado lembra que chegou a fazer um pedido de instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de médicos e empresários sobre as propinas do Plansaúde (atual Servir). “Achamos as denúncias muito graves e entramos com um pedido de CPI aqui na Assembleia Legislativa, que infelizmente teve só a nossa assinatura e não conseguimos investigar”, explica o relator.
Continua
O parlamentar afirma que é necessário quebrar esse ciclo de corrupção e de governos sem conclusão e sem gestão que têm maltratado o Estado do Tocantins e sua gente. “Continuaremos aqui lutando para acabar com esse ciclo histórico de corrupção e mandatos não cumpridos que tanto fizeram mal ao Tocantins” , assegura o parlamentar.
Resultados
Sobre a nova gestão do governador Wanderlei Barbosa, Júnior Geo diz que a população está à espera de respostas efetivas na melhoria dos serviços públicos. “Precisamos de gestão que traga resultados práticos na vida das pessoas, com saúde de qualidade, segurança pública, rodovias trafegáveis e geração de emprego” , conclui.
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